O esburacamento da realidade; o da nossa é mais embaixo!
Por Gilvaldo Quinzeiro
A realidade é “porosa”, toda ela; e por entre seus
vãos escapole aquilo que costumamos chamar de civilização, sociedade ou cultura
– tudo isso nascido da condição de algo entalado por entre as brechas das
muralhas do real. É aqui que fincamos as nossas “estacas”, todas elas puídas,
de modo que, quando menos se espera – todo o “edifício civilizatório” rui!
O dinheiro, por exemplo, é a mais podre das estacas,
que sustenta este edifício, contudo, é nesta estaca que amarramos toda a nossa
vida. É aqui pois, que as cabeças dependuradas, não valem as almas que perdemos
pelos seus vãos!
O dito acima é uma introdução acerca do “esburacamento
da realidade brasileira”, e mais especificamente, da maranhense.
O Brasil não
poderá continuar fazendo do “futebol e do carnaval”, as suas únicas alavancas,
posto que, a realidade com a qual o mundo inteiro joga, dela só poderemos fazer
parte, apenas na condição, de meros abridores de covas!
O mundo está chegando até nós, por conta da
realização da Copa do Mundo, ocorre, entretanto, que os “buracos” da realidade
deste mundo são outros, e não os nossos dos quais nunca conseguimos sair de
dentro. Os do Maranhão, por exemplo, são tantos e velhos que não mais se
escondem as suas cabeças: tudo é um vão só!
O Brasil se quiser se constituir num interlocutor do
mundo, por exemplo, tendo um assento no Conselho Permanente de Segurança da ONU,
precisa fazer da educação a sua alavanca, caso contrário, não conseguirá dá
conta da quantidade de presídios a serem construídos para evitar que as ruas
fiquem repletas de cabeças, todas sem seus pescoços!
Já o Maranhão, se quiser vir a compor o mapa do
Brasil, deverá “rasgar” aquele em que em todos os buracos, ainda somos seus
repteis!
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