Que parafuso, se nas coisas de hoje, nem as alavancas! Uma breve reflexão sobre a mecânica do tempo neste primeiro Dia do Ano.
Por Gilvaldo Quinzeiro
“A roda grande passando por dentro da pequena”. Um
dia como hoje, o primeiro do ano, é preciso refletir sobre a mecânica e as engrenagens
do tempo. Que tempo é este onde não se
precisa mais da “alavanca”, pois, não é o mundo que se quer erguer, mas as
opiniões sobre ele, uma vez que, a velocidade com que este se desfaz, já não é
mais da ordem daquilo que se pode mover – tudo enfim é da condição de sua poeira?
O dito acima certamente contrariaria Arquimedes. E a
sua alavanca, seria substituída por algum objeto ótico, pois, do contrário, o que conseguiria este erguer
com a natureza “porosa” das coisas?
Mas, voltando a falar sobre “a roda grande passando
por dentro da pequena”. Esta é visão
futurista do caboclo sobre o tempo. Talvez, o tempo de agora, onde ninguém se
dá conta dos seus parafusos ou se estes pras coisas de hoje, são obsoletos!
Aliás, um dia como hoje, o caboclo não o amanheceria sem antes interpretar a mecânica
celeste – é de lá onde se ver ajustar todas as rodas, inclusive, aquelas que precisam
ser trocadas por outras!
Em outras palavras, uma coisa no lugar da outra; quando
aquela não pode permanecer a mesma coisa, senão a outra que a rigor a repete.
De fato, nestas condições, não se pode meter a alavanca, só as opiniões. E neste momento o que estou fazendo:
estraçalhando a minha! Poderia ser a minha mão...
A propósito, se já não precisamos mais de alavanca;
e nem sabemos em que coisas se usam mais o parafuso , e nem o mundo é da ordem daquilo
que se ergue, então para que nos servem as mãos?
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