O sujeito, a coisa e o tempo: e o Homem?
Por Gilvaldo Quinzeiro
O sujeito, a coisa e o tempo. Eis a “trindade” na
qual a existência se desenrola. Eis a “trempe” sem a qual não há existência alguma!
Porém, isso não significa dizer, que um dá conta da existência do outro. O sujeito, por exemplo, as vezes nem da sua
própria! De modo que, esta (a sua existência), passa a ser uma coisa “Outra”. Já a coisa, no seu habitat
natural, isto é, lá a onde a palavra não alcança, existirá para sempre, assim
como a pedra em seu duelo com a água. O
tempo, contudo, é talvez, o mais intricado das pedras que compõe esta “trempe”,
pois, é da ordem daquilo que se pode mensurar com palavras, porém, estas nunca
chegam a tempo, isto é, envelhecem ainda no seu percurso, enquanto isso, o
tempo segue sempre “novo”.
Na verdade, a
rigor, o sujeito, a coisa e o tempo, cada um vive “os seus três dias de Lázaro”
– a espera de um milagre! Este milagre,
no entanto, é a chegada do Homem!
Por isso, feliz do tempo em que aparece uma das coisas
cada vez mais raras: o Homem! Todavia, este raro acontecimento, não significa dizer
que seja com estardalhaço. Às vezes, somente a partir da segunda ou terceira
geração, é que saberá enfim, que por ali existiu um homem. Assim foi no tempo
de Buda; no tempo de Zaratustra; no tempo de Confúcio; no tempo de Jesus
Cristo; no tempo de Chico Xavier.
Na nossa época, que coisa! O sujeito, a coisa e o
tempo nos parecem estar tão uno e fundido que qualquer homem que apareça será
um acontecimento tão assustador que somente as pedras lhe servirão de ocular
testemunhas(?)!
Eis a questão!
Bom sábado a todos!
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