Pelo dinheiro cortam-se todas as cabeças, e não apenas as mãos! Por que enfim será?
Por Gilvaldo Quinzeiro
A civilização que fez do “dinheiro a sua cabeça”,
decepou as outras que faziam do “abraço” um exercício diário para conquistar
apenas a sua aldeia. Por quem voam aquelas cabeças para fora do Presidio de
Pedrinhas? Não seriam pelos mesmos motivos que mantemos as nossas no devido
lugar?
Eis o ponto em que chegamos: o mesmo que levou os
europeus no século XV a enfrentar os mares, e plantar suas cabeças em terras
que para outros eram seus seios. Ou seja, a prevalência do “ter” por quaisquer
que sejam os meios, e o afundamento do “ser” – de ser honesto; de ser
trabalhador; de ser bondoso; de ser bom filho; de ser bom pai. Tudo para apenas
“ter” - mais carros; mais celulares; mais motos; mais mulheres; mais bebidas;
mais drogas e mais poder!
A mesma civilização que arrancou a língua de outros
povos para plantar seus deuses eloquentes, é a mesma que agora se silencia na
colheita de seus demônios!
A atual crise econômica mundial, nos aponta o
seguinte: não há como crescer seguindo uma linha vertical – tudo tem limite! De
sorte que, precisamos buscar outros indicadores que não apenas estes que nos
levam inexoravelmente ao esgotamento do planeta.
Os antigos já sabiam: “o dinheiro cega as pessoas”. Eu diria mais: o dinheiro seca as pessoas!
Mas voltando a falar das cabeças perdidas nos
Presidio de Pedrinhas. Até que ponto chega a luta renhida para exercer o
controle de uma facção! Nada diferente do que os nossos líderes políticos
fazem, inclusive com nosso dinheiro, para enfim, manterem-se no poder!
O que é o Estado do Maranhão hoje, senão o resultado
daquilo que ocorrem dentro do Presidio de Pedrinhas? Ou seja, quanto mais cabeças decepadas, menos
o incômodos para exercício do poder total! O que é o Brasil de agora com
milhares de brasileiros apodrecendo nas filas dos hospitais – sem macas, sem
médicos, sem atendimento – é o que nos impõem suas elites!
Em outras palavras, só muitos gemidos, os mesmos
ouvidos no tempo da escravidão. Só que a de hoje, não é a de mão, mas a de
cabeças!
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