Réptil, eu? Não. Eu prefiro ser ao menos um macaco!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Não é pra hoje, e muito menos para amanhã o que há décadas
já era para ter sido feito. Principalmente, quando o que se adia é da ordem
daquilo que é imprescindível para melhorar as condições humanas. Ora, o ser
humano é da ordem daquilo que pode se transformar em qualquer coisa, inclusive
naquelas que já nos devoram!
O Brasil, e por conseguinte o Maranhão está pagando
o preço das coisas que, dado o seu adiamento, não encontrarão mais tempo para
evitar o que no tempo de agora, já é tardio demais para se calcular as suas
perdas. Ou seja, o amanhã nunca virá, senão na condição de mais um “tempo
perdido”!
Esta manhã, li um artigo publicado no jornal Folha
de São Paulo cujo título é “Répteis do Maranhão”, de autoria de Marcelo Leite
que, tenta compreender quais as condições que levaram a violência no presidio
de Pedrinhas a chegar ao nível que chegou. Para isso, o autor faz um passeio
desde a neurociência ao evolucionismo de Darwin. Antes, porém, Marcelo Leite,
questiona a eficácia das ciências naturais, quando das suas não explicações para
o “buraco negro” de Pedrinhas.
Pois bem, a Marcelo Leite, meus parabéns! Seu texto
não é só oportuno, como nos faz sentir chocado – condição necessária
para nos provocar o espanto, e por conseguinte, suscitar reflexões, caso ainda tenhamos cérebros para
isso!
E pensar que o Brasil está gastando bilhões de reais
para a construção das arenas, onde ocorrerão os jogos da Copa do Mundo, ao
mesmo tempo em que, em certos casos, ou em certos Estados, o do Maranhão, por
exemplo, ainda não conseguimos evoluir da condição de repteis ou a esta condição
regredimos, então para quem é afinal esta copa, diante das notícias e as
imagens que nos põem em dúvida quanto, a nossa condição de ser gente?
Enfim, passados exatos 514 anos, após seu “descobrimento”,
os europeus retornam ao Brasil para se darem conta de que durante estes anos
todos, não evoluímos nada?
Contudo, boa notícia é a seguinte: a Policia Federal iniciará uma rigorosa
vistoria nos presídios das cidades “sedes da Copa do Mundo”. Ao menos nisso, os
fatos que são noticiados sobre o Maranhão despertam alguma coisa que nos lembram,
as outras coisas da civilização!
Ufa!
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