Em nome das coisas, o anuncio das profecias. Na minha, não são os dias, mas as noites que virão!
Por Gilvaldo Quinzeiro
As noites que virão, farão bem quem bem conhecer
seus “fantasmas”!
Ora, o homem
que se põe a caminhar não terá encontrado nada, quando lá no final da sua
estrada, não tiver feito dos seus “fantasmas” o melhor das suas companhias.
Isso, no entanto, não se aprende em nenhum livro, mesmo os folheados a ouro –
isso é se atrever atravessar o fundo do fundo de si mesmo!
Aliás, um esclarecimento sobre as “noites”. Nestas,
na verdade, sempre estivemos mergulhados, ocorre, entretanto, que as vimos como
a chegada do amanhã. Contudo, as que ainda estão por vir, nos afundarão nos
seus escuros. A vantagem desta noticia, uma profecia, em outro tempos, é que já
estamos todos cegos!
Platão, com toda a sua clarividência eclipsou-se
contudo, no que se diz respeito, a luz que imaginou ser a dos dias de hoje!
Oh! Quanta escuridão!
Zé Ramalho. Seu
Avôhai. Ibiapina. Antônio
Conselheiro. Severino e todos os que ergueram a mão do Pau de
Colher, bem como em outros lugares neste sertão empoeirado - gente que esteve do outro lado do mundo- isso aqui não é um repente, embora de repente,
é algo da natureza de um cordão!
Que saudade de pisar arroz no pilão!
Pois bem,
prestem atenção: as noites que virão, sentar-se-ão quem com seus fantasmas
tiver coragem para tomar um café; enquanto outros sentarão a sua sentença por
não poderem comparecer, quando naquelas noites só se farão presentes quem com seus
fantasmas!
Que saudade das conversas acesas entre as trempes
apagadas!
Amém?
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