Enquanto isso na Faixa de Gaza



Por Gilvaldo Quinzeiro



Alô primo,  estou te ligando para avisar  que logo mais uma bomba cairá bem em cima da tua casa! Se você escapar, me liga de volta!

Segundos  depois....  “Baroom! Baruuum”!  Fim da ligação.


Pois bem, os velhos conflitos usam as novas  maquiagem do tempo de agora.  Quanto a isso, nenhuma novidade. O novo é a nossa dependência dos "salões de beleza". É aqui que todas as serpentes conquistam uma vida nova. Uma  vida nova, contudo, sem o disfarce da face  velha. Tudo de fato são “retoques” num mundo que cada vez  mais se torna  tão antigo.

A propósito, ontem,  enquanto fazia a minha caminhada vespertina, pensava: 
“vejo toda esta gente correndo. Uns  para ganhar  corpo. Outros,  para perdê-lo. Vivemos numa época em que todos  nós temos a necessidade de sermos  “sarados”, ainda que  pisando sobre as próprias feridas. É assim que o tempo de agora nos exige. É assim , pois, que temos que ser?

Na verdade,  a meu ver, nesta pressa toda do presente que nos arrasta precocemente para o futuro, estamos nos esquecendo de uma coisa fundamental: “ser gente”. E ser gente, imagino, não precisa ser necessariamente bonita, “sarada ou bombada” – mas que seja  ao menos   capaz de sorrir, com ou sem maquiagem – estando ou não fotografado”!

Enquanto isso na Faixa de Gaza: Baroom! Baruuum!



                                                                                                                                 


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