Eu passarinho do meu assobio



Por Gilvaldo Quinzeiro


A morte. Quem a assobia? Alguns até lhe pedem carona.  Estes, quando lá do outro lado, nunca voltaram. E aqui ficamos ansiosos por alguma noticia...  A morte não é nó e nem metáfora, mas não há como falar dela, sem a ela se antecipar. Isto é, morrer, ao menos em palavras, é dela nada poder falar!

Melhor que seja assim, não?

A existência é rasa. Poucos são os que nela mergulham fundo. E viver no raso, é quase como morrer... É como querer fazer todas as travessias preso a um cipó: o ir longe é certeza de se despencar em seguida.

Somos um pêndulo a travessar uma fogueira de um lado pro outro: quando não queimado na ida, na volta quem de nós testemunhará que fomos sapecados?

Ora, ora, vamos sorrir, enquanto  podemos ser pra nós o próprio espelho: dispensemos, pois, a pressa!

No que tange a  prece, a  pressa!


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla