Saudade das primas e das primaveras: que outras tardes virão?
Por Gilvaldo Quinzeiro
A vida passa como um “Cazuza” escorregando por entre os
dedos, enquanto a juventude é só “olhos” para tantas bocas abertas – tudo para
um só momento – nada mais para depois... Nem sempre tudo é para sempre como um “Che
Guevara” que plantado no solo de quem acredita ser ainda tão jovem, segue em
frente rasgando as épocas e todas as suas faces.
Que saudade dos acampamentos; dos papos dos amigos –
amanhã a revolução! Que saudade da utopia! Que saudade de acreditar numa
realidade outra que não esta sem “Raul”!...
Cadê você Belchior? Meu nordestino francês! Está tudo
enfim como nos disseram “os nossos pais” – tudo seco – tudo morrente!
A vida passa, e a nossa pele como a das serpentes,
estrepadas nas estacas da vida – que medo do espelho!
Onde ouvir aquelas
velhas canções que, se comparadas com as hoje, ainda são de agora – pois, as
destas manhãs nos ensurdecem!...
A vida passa; outras virão. Mas nada como por o pé na
estrada e... Seguir sua própria canção!
Vou agora sair à tardinha pelas ruas esburacadas – em busca
das flores de ipê roxo ou amarelo: enfim, estamos na primavera!
Deveras, tudo é verdade, inclusive as que se foram!
Boa tarde!
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