As “organizadas” que me perdoe, mas torcer só se for a perna!
Por Gilvaldo Quinzeiro
As torcidas de time algum. Estas são “as organizadas”,
pois, não sabem torcer, senão “os corpos,
que se trituram quando a cabeça é dura de mais para admitir a existência das torcidas
contrárias”.
Esta discussão, entretanto, não se restringi ao âmbito futebolístico, nem ao da justiça, mas, deve se
estender também ao filosófico, ao
antropológico, ao sociológico, ao pedagógico e ao psicanalítico ( por que não?).
Aqui começa, portanto, um chute na canela – aquela jogada
que, se for em direção ao gol é bonita, mas se for em direção contrária: é vaia!
Talvez, uma explicação para a violência nos estádios;
estádios tão bonitos e com atletas que também encantam o mundo – seja a falta
de um Nelson Rodrigues – um torcedor eroticamente fanático!
Ora, aqueles caras musculosos e com suas tatuagens
adentrando ao corpo, queriam o que ao se jogar para cima dos outros? Claro que “o
lance” aqui certamente é outro – e a bola da vez nem sempre é aquela que fica
picando nas mãos do goleiro, mas aquela que nunca sai debaixo das pernas.
Isto é de Nelson ou de Freud? O quê? As bolas?
Ôxente, se o assunto aqui fosse só de bolas ninguém
voltaria dos estádios com mãos vazias. Entretanto, assunto aqui é permeado de balas,
facas, paus e o escambau!...
Pois é... Que time é este que quando joga, se ganhando ou
perdendo os dentes são sempre quebrados? Que torcida é esta cujo “falo” diminui,
quando o tamanho da outra torcida é de lhe causar inveja?
Inveja! Sabe por que o bode nunca invejou o galo?
Isso não é nem de Nelson e nem de Freud, e muito menos de
Zagalo. Contudo, a resposta a esta pergunta dará conta dos motivos para tantos “galos de brigas” nos estádios.
Passo a bola para o torcedor “pinto pelado”.
Bem seu Nelson... Freud tinha toda a razão...
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