Freud. Seu charuto e outras coisas que tais, falando de amor, desejo e perversão!


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

O amor é como o de Freud pelo  seu charuto: entre o conteúdo para o qual fechamos os olhos; a fumaça e o fogo que o consumem lentamente – tudo enfim,  na mesma boca que também poderia vomitá-los  - mas assoprados  com a força do desejo que nos perverte – a boca murcha é linda para nos comer!

Portanto, o desejo, às vezes nos escolhe pela boca torta; a outrem, às vezes por ter simplesmente a boca fechada, ou, até, boca nenhuma. Mas, enfim, o desejo é a força sem a qual somos “mortos vivos”, e em  outros casos, vivos mortos!

Só que Freud mesmo sabendo disso,  morreu pela própria boca com o charuto, e sem garganta!

Mas, deixando os atalhos de lado, e voltando a falar do amor. Quantos só têm boca para  falar, e mão alguma para faze-lo? È aqui onde o desejo, o viajante e estrangeiro  por dentro nós, segue sozinho por  outros caminhos. Caminhos estes, pelos quais nunca andaríamos! Contudo, para o desejo foram apenas mais uma de suas travessias!...

Ora, isso é perversão! Sim, e Freud como ninguém sabia disso!

Mas, voltando ao charuto de Freud. Ora, não ao charuto em si, mas ao charme com o qual  Freud o fumava  – que coisa de engasgar! Lindo, não?

Pois bem, estas coisas e tais suscitadas aqui são humanas, como o amor, o desejo e a perversão. E como Freud, como não? Daí é que não há como falar destas coisas sem uma pitada ou picada de desejo!

Mas, por falar em picada... Claro que a mente humana é quase tão fértil quanto à do universo. Por isso vale apenas continuar pensando para se esquivar daquela... Contudo, tal como pela nossa própria boca, já estamos por ela abocanhados  – isso é desejo – os atalhos àquela são os que podem nos levar a perversão!  

Com muito desejo: bom dia!

 

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla