E quando nós formos “velhos” como aquele artilheiro em final de carreira: guardai a nossa torcida!


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

O sorriso é como um drible de um jogador de futebol em final de carreira: sempre pode ser o último lance. Quiçá, não sejamos para um sorriso no meio de uma multidão, como aquela torcida cega que só têm olhos para o gol!

A vida também é assim: não basta querer  ser apenas o artilheiro mais festejado do momento;  espera-se entretanto, que ao menos a nossa torcida seja sincera quando os nossos  pés já não suportarem mais, o peso das velhas  chuteiras!

Então, precisamos guardar o nosso último fôlego, tal como o goleiro de frente para a cobrança de uma penalidade, quando, para a nossa derradeira e decisiva  jogada – aquela que, mesmo sem pegarmos na bola – ainda assim é  festejada como gooool!!

De fato, é no “apagar das luzes”  que nos damos conta de que todas as partidas foram vãs, quando o jogador que agora sai de cena,  jamais  arrancará da  sua torcida  – o sorriso para o espelho que não lhe perdoou -  a face esquecida!

A vida, pois, é assim: a melhor jogada é a que fica. E, o que fica às vezes é apenas o esforço por novos sorrisos!

Viva todas as nossas jogadas!

Viva a nossa  única torcida!

 

 

 

 

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