Tempo de muitas fogueiras, mas de amigos, solidão!


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

A solidão de amigos. A engenharia dos “novos tempos” não nos deixou espaço algum para a roda de amigos de outrora. Tudo hoje ficou paradoxalmente “distante” qual a época das carruagens. Porém, com uma diferença: aquelas chegavam ainda há tempo, conquanto, a demora. Hoje, rápido como à luz não se cansam de chegar apenas às mensagens: “agora não, estou sem tempo”!

Afinal, com que gastamos tanto tempo, no tempo em que ao mesmo tempo não se tem mais tempo algum? Quiçá, a nossa “racionalidade plastificada” nos faça ver quão escravos  nos tornamos do mesmo tempo em que acreditamos ser tão livres!

A solidão de amigos. Não poderia ser  de outra coisa?

 Esta semana, por acaso, recebi a triste notícia de que um velho amigo, com o qual eu vinha procurando há tanto tempo, um tempinho  para conversar, sofreu um AVC, que por muito pouco não lhe roubara a fala! E agora? Pensei  este amigo vai passar um “tempão” sem falar coisa alguma! Quanto tempo eu perdi  procurando um tempo para falar com ele?

Que coisa estúpida, este tempo!

A solidão de amigos. Que porra!

 

 

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