O apodrecimento da nossa politica - o angu no qual já não cabe mais tanta farinha. Uma reflexão para nos lembrar do velho Monteiro Lobato
Por Gilvaldo Quinzeiro
Filosofar a nossa política já descascada desde muito
tempo, com tanta coisa “puba”, e outras de molho para as eleições
seguintes, não é tão fácil quanto
decifrar a própria mandioca, a bruta da qual se faz todo o angu. Mas espremendo
toda a massa – aquela que suporta todas as varas – constatar-se-á que o Brasil
é um país ainda de muitos arames farpados
atravancando todas as porteiras!
Quanta corda frouxa para se puxar! Tantos jumentos soltos se alimentando de finos biscoitos!
Não. Este não é mais o país do “Jeca Tatu”, mas dos pebas
espertos!
A história do “Mensalão”, se se passasse no Sitio do Picapau Amarelo, ninguém
acreditaria, pois, esta seria a mais contada por Tio Barnabé – mas como se
passa realmente em nosso quintal: então
está bem plantada! E assim sendo, temos safras de “pepinos” o ano inteiro!
Ora, a corrupção já não se separa da política, assim como
a farinha dos seus grãos. E como toda a lama que torna a mandioca puba, a corrupção apodrece os
homens. E assim, “o inventar da roda” obedece à mecânica que esmaga a ética, a
moral e, por conseguinte a cidadania!
Diz um velho ditado caboclo que “quem com porco vive, farelos come”.
Então, podemos pensar a partir disso que o que nos alimenta, nos torna “boi encaretado” marchando para os mesmos
currais!
Por fim o que nos resta: agradecer aos céus pelos nossos
“heróis”, homens cuja juventude, para a nossa foi espelho, e hoje já de barbas brancas, escaparam por um triz de apodrecerem na cadeia? E
amanhã, quem vai nos rasgar as mesmas bandeiras?
Saudações matutais!
Eu, um sabugo.
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