Quando o “ão” das coisas é vão: tudo enfim é oco.
Por Gilvaldo Quinzeiro
A realidade, se ainda chamar assim o que nos cerca é tão “porosa”
e esburacada que, está dentro é se sentir atravessado pelo seu rio. Aliás,
aquela velha frase de Heráclito (535 A.C-475 A.C), “não se banha duas vezes no
mesmo rio”, nunca nos foi tão verdadeira e seca, como agora, onde quase todos os rios já se foram.
E é neste fluir constante que só homem permanece “sapo”. Eis então o porquê da
lama não ter o seu passar: tudo é da natureza que nos atola!
Mas, voltando ao esburacamento da realidade, o que é esta
senão, aquilo que nos cai, enquanto o nosso permanecer de cócoras, não há como saber
contemplá-la.
Está tudo oco enfim, e o homem como pensa ser, seu estampido.
Buum!
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