Do Ferreiro ao carpinteiro, a homens como Da Vinci: tudo hoje nos falta!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Neste tempo onde tudo não passa do “verde”; onde tudo se
fragmenta sem retorno ao todo; onde a realidade é tão porosa que nada se fixa; onde o homem como resultado de tudo
isso é apenas uma “enorme boca” – falta-nos o ideal renascentista representado na figura de Leonardo Da Vinci.
Da Vinci, este sim, seria uma obra completa para os nossos dias tão
esburacados! Afinal, para onde nos
levará o homem atual cuja mão nos aponta apenas os dedos? Os dedos, diga-se de
passagem, nunca nos foram tão estranhos, tal como os olhos alheios!...
De fato, a contemporaneidade é um “desmanchar-se eterno”:
tudo mediado pelo “novo” que, de vida
tão curta nos impede ao menos de contemplá-lo.
E assim, fragmentado, sem a “espinha dorsal”, o homem
não é outra coisa, senão, “o mover-se
como uma lagartixa quebrada”!
A realidade, por
sua vez, não é obra alguma, ou pelo menos o que se pode contemplar, e o homem
como pensa ser, seu espantalho!
Comentários
Postar um comentário