Que me perdoe a minha outra costela, mas agora eu sou apenas o seu Machado? Uma reflexão sobre a violência contra a mulher.


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

Decerto a mulher é carne demais. Mas no paraíso de hoje, o homem, se tornou apenas um vegetariano passarinho? Ou Adão ao se despertar do sono – aquele em que lhe  arrancara uma costela – decide hoje ser apenas o Machado?

Que Eva  pela amor de Deus me escute, pois, se o homem sozinho é um triste carniceiro, à  dois,  então,   um lobo louco  para comer tudo sozinho!

Afinal o que está acontecendo com o nosso Adão: Eva, enfim, não está mais sozinha no paraíso?  Ou as sombras que pairam no jardim faz de Adão, pensar  quão?

Da Costela, uma só costela para com esta formar  outra costela, desta feita, inteira que servirá  como a metade daquela primeira. Ora, tudo isso soa como um açougue, não? E agora, como dizer ao homem que ser Macho não é o mesmo que ser  Machado?

Machado e macho, o que isso tem haver? Ora, na história da civilização, o último é tão ligado aquele quanto pela sua genitália.  Mas quanto à imagem da mulher, esta já não nos surge “partida”?

A outra parte da minha parte. E quando então eu não me sinto nela? A “destruição” da minha parte naquela – pra mim seria menos dolorido que partir em mim a minha parte ao meio?

Então, Adão o que fazer com aquela outra “costela”?

Psiu!

Ele pode enfim, despertar!!!

 

 

 

 

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