As mulheres: quais já não perdemos para o tráfico?
Por Gilvaldo Quinzeiro
A mulher é o arquétipo de toda e qualquer ideia de
paraíso, mas com este também os pilares do inferno? È difícil pensar o mundo
sem a “engenharia feminina” – sem esta o mundo masculino não existiria! E quando toda esta
engenharia estiver a serviço do
desmantelamento do universo humano? Eis a questão.
Este breve texto é uma reflexão a respeito do
número crescente de mulheres envolvidas
com o tráfico de drogas. Para isso vamos nos enveredar pelo simbólico, o
cultural, e assim sendo, beberemos ainda que bem no “raso” nas fontes
antropológicas e psicanalíticas.
Bem, os dados estão ai no dia a dia das páginas e
ocorrências policiais, nos dando conta de que
cada vez mais as mulheres
estão chefiando “as bocas de
fumo” da nossa cidade. O que isso significa?
A mulher é a “trempe e
o fogo” ao mesmo tempo, e, quando
Mãe representa a terra, a água, o abrigo e o alimento. Portanto,
quando as mulheres se “desabam”, é sinal que tudo mais já ruiu. Afinal o
que há ainda em pé?
De fato não há
outro termo mais adequado para ilustrar , o contexto atual da sociedade,
brasileira, maranhense e caxiense: tudo ruiu! A entrada das mulheres no mundo
da bandidagem, portanto, significa que a
sociedade perdeu os seus pilares, e tudo o que nos resta está “puído”.
E quanto ao homem? Ora, o assunto aqui nos leva a
concluir que, aquele só não perdeu para
a mulher a “genitália”, contudo, o mesmo não se pode afirmar quanto ao
“masculino”? È aqui, pois, onde se
encontra todo “o nó” civilizatório – premissas para outras e
aprofundadas reflexões.
Portanto, se estamos perdendo as mulheres para o tráfico
de drogas e para a criminalidade, isso implica reconhecer que, por outro lado,
ficamos grávidos. Grávidos não de homens, e muito menos de mulheres – mas, da
falta de “cabeça”. Isso significa, entretanto,
que nunca mais se parirão “homens” e nem “mulheres” – só gafanhotos
famintos!
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