A caverna de hoje, não é mito como a de Platão, mas é realmente a que nos acorrenta


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

A “caverna de hoje”, já não é tão escura, quanto a de Platão. Porém, é a sua “claridade” demais que nos cega. De sorte que, não há diferença entre os acorrentados. Naquela – a de Platão, houve quem da corrente se desvencilhasse – na hoje, entretanto, quem se dá conta de que está aprisionado?

Aliás, uma das marcas do nosso tempo é a de não deixar marca alguma, posto que, tudo enfim, dura tanto quanto uma “bolha”.  Eis aqui o que nos ata as mãos!

Se aprofundar na “caverna de hoje” é não ter também nem com quem conversa, pois, é inevitável, não se passar por seus fantasmas.  E o que são as palavras no território dos fantasmas?

Platão, não se arriscou tanto, pois, ousou apenas a falar por alegorias. Sorte dele, pois, do contrário, não escaparia! ...

E nós, escaparemos?

Ora, o que é a realidade de hoje, senão a que os fantasmas habitam. Para ser mais enfático, os fantasmas aqui, não são como os de Platão, se é que este ousou a pensar nestes – os fantasmas de hoje – somos nós!

E a pergunta que fica é: cadê os homens?

 

   

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla