Psiu! Que tal colocarmos a intimidade do mundo tão exposta, quanto as nossas? Um breve e bravo discurso pelo mundo da família!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Entre um mundo, e outro; o velho e o novo, que se mordem para arrancar
do outro o seu lugar, eu tento escapar ileso
saindo na condição de espirro, da
boca de todos os outros, inclusive daqueles mundos que me arrancam o tampo da
cara, sem que eu nem
ao menos conheço as suas!
De todos os lados, “olhos espiões” ou, mãos já dentro do bolso da gente, porém, o
pior é saber que no frigir dos ovos, têm mundos aí já com as nossas cabeças no
prato – só aguardando o último piscar de olho!...
Pois bem, este texto é dirigido especialmente aos
jovens, aos quais digo o seguinte: neste mundo virtual que não é tão virtual assim, pois, nos devora por dentro a carne e a alma – compartilhar sua
intimidade no “mundo das redes sociais” - é se postar de 4 para o mundo que realmente é
“pegador”!
Tenho falado reiteradas vezes da “fome de imagens”,
isto é, da fome de ser visto como
espelho no espelho do outro cujo olhar, cega os nossos. O velho Freud que para
mim é tão novo e necessário, quanto o agora que nos despi, falou da escopofilia
, isto é, do gozo pelos olhos. Claro,
isso é profundo demais, de modo que, nem neste tempo em que as coisas nos parecem
tão rasas, como o olhar do outro, se consegue ver o que só Freud via. Por isso,
a minha grande admiração por este homem, um dos poucos, que veio ao mundo!
Mas, voltando a falar sobre a intimidade nas redes
sociais. Aparentemente todo mundo que “curte” as nossas fotos ou as nossas
frases, muitas delas, um grito de socorro – é merecedor da nossa confiança. Que
engano! Não podemos substituir ou destruir o mundo familiar por nada, ainda que
este seja o que nos traria de volta ao “velho mundo”!
Por fim, dirijo-me aos pais: que não sejamos
cumplices de todas as coisas que nos chegam em casa, especialmente daquelas que
são nos apresentadas como a última
novidade do mundo, pois, o preço desta novidade, poderá nos custar algumas
daquelas cabeças que já estão sendo disputadas pelos “porcos” que comandam este mundo! Ora, como
negar que as nossas cabeças não estejam sendo usadas como ração? Portanto,
senhores pais e educadores não percam as suas (cabeças)!
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