Os remendos e as rosas. Os amores, de areia, de vidro e de barro. Como enfim, evitar os arames farpados?


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

Alguns amores são de areias, isto é, não criam raízes. Outros são de vidros, ou seja, são só para se ver. Há aqueles que são de barro, que grudam, tal como na parede. Entretanto, com a fusão destes três podemos estabelecer uma outra categoria – aquela em que em se adicionando a ATENÇÃO – se enraíza; cresce para todo mundo ver, e, com a argila se edifica também até as estrelas.

Ora, o amor é um bebê, e como tal requer atenção, tanto, quanto. A diferença está em que este último, nunca sai do berço, isto é, suas condições são sempre as de um prematuro!

O amor precisa sempre de colo, sobretudo, de palavras ditas apenas com as mãos. Esta é uma condição, na qual se evitará as ameaças constantes – dos arames farpados – que são os amores que passaram a se alimentar só de palavras.

Falar do amor, com estas condições, não é falar de outra coisa, senão da natureza humana. Ou seja, somos todos carentes. E mais do que isso, lutamos sempre contra o definhamento, posto que, estamos requerendo os mesmos cuidados, dados ao um bebê.

Portanto, ao cuidar de nós mesmos, sabendo da nossa condição de fragilidade, é saber que o amor precisa ser primeiro plantado em nós. E falar do amor por nós mesmos, soa como pisar em areia, isto é, a dúvida se ali nasce alguma coisa. Depois, vem a fase do amor de vidro e na sequência, o de barro.

Por fim, sem ATENÇÃO – espelho sem o qual todo bebê murcha – é o que evitará que tudo em nome do amor se estilhace!

 

 

  

 

 

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