Copa do Mundo x racismo: quem invade quem ?
Por Gilvaldo Quinzeiro
No jogo entre Alemanha X Gana, ocorrido ontem, sábado, na Arena do Castelão em Fortaleza, um
torcedor de nacionalidade ainda não revelada, invadiu o campo com uma suposta mensagem neonazista escrita no próprio
corpo. A partida foi momentaneamente interrompida
até que os seguranças detivessem o
invasor e o colocassem para fora de
campo. A FIFA e as autoridades de segurança estão investigando o caso. Nas
imagens, o suposto neonazista esboça
algumas palavras para os jogadores de Gana.
O racismo nos últimos tempos tem sido recorrente nos
estádios de futebol, sobretudo, na Europa. No Brasil também já foram registrados
recentemente casos de racismo por parte de torcedores. Como sabemos, a Copa do
Mundo é uma vitrine. Os olhos do mundo todo estão aqui. Portanto, é uma
oportunidade também para quem queira se aproveitar do momento para “cuspir” na
cara de todos.
Eis o desafio para quem ousa organizar um evento da
envergadura de uma Copa do Mundo. Não
basta, pois, só as obras dos
estádios e dos seus entornos prontas. Assim, a Copa
do Mundo não atrai só torcedores e rendas para o país que a
sedeia, mas, também, os seus
“vírus e febres”. Por isso, toda
preparação é colocada em xeque!
A questão que envolve o racismo nos estádios, é a
prova da existência de muitas feridas abertas - coisa que a “civilização” não
conseguiu cicatrizar. Ademais, se há feridas abertas numa “civilização” é por
que estas, diz respeito ao modo pelo
qual nos “civilizamos”?
Este chute foi no “saco”!
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