Sem o Sarney, o Maranhão fica. E o que agora se “finca” é pelo Maranhão?
Por Gilvaldo Quinzeiro
A saída de Sarney, pai e filha, da política, sobretudo da disputa eleitoral
deste ano, enterra umas coisas, e
ressuscita outras. Mas longe de significar, uma “morte anunciada”, pelo
contrário, os que viverem, verão que o
inverno ainda não passou, talvez, o inferno é o que ainda está porvir.
Ora, os que esperavam viver para ver pela “política Sarney morrer”, acabaram morrendo de surpresa com a sua “viva saída”.
Ou seja, com uma mão Sarney se despede da política, e com a outra, finca
uma cena: “do Maranhão ninguém me tira”!
Em outras palavras, o Maranhão agora “fincado”, não
significa, o “enterrado”, mas o que gestará dos seus intestinos, novos urubus –
carniça por aqui está sobrando! Para muitos, entretanto, uma velha cantiga fará
muito sentido: “o meu boi morreu, o que será de mim”? Para outros, nem os
sermões do Padre Antônio Vieira. Enfim, não passamos mesmo de “calambanjos”!
Quando um peixe “morre pela boca”, diz as velhas
profecias para se ter muito cuidado com o estado da água, pois, pode ser que “a lama lá do fundo, agora boia na superfície”. O anuncio feito
pela própria boca de Sarney da sua não pretensão de candidatar-se, gesto este,
seguido pela filha, no mínimo altera a química do aguaceiro da nossa política –
alegria repentina dos “peixes miúdos” – mas pelo jeito é agora que as águas turvas vão rolar!...
È claro que eu não tenho pena nenhuma de Sarney, mas
daqueles para os quais, Sarney foi a sua “fonte viva de inspiração”, a exemplo,
os que para falar tão bem de si, falava tão mal de Sarney, deste sim, eu tenho pena! No
mais, tudo é galinha, no berço dos dinossauros!
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