O nordestino e seus milagres: bola na rede que tudo é de palha!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Entre uma tapioca e outra, o turista que veio aos
milhares para a Copa do Mundo, vai se
dando conta (ou não), do quanto somos a “civilização da mandioca” – o presente
dos nossos deuses tribais! Estou me referindo a “civilização nordestina” –
aquela que espreme leite de pedra, e que, portanto, vive dos seus próprios milagres!
Vi muitos turistas alemães usando chapéu de palha
que, nesta época de festejo junino é uma marca registrada. Aliás, neste período no Nordeste, o que
não é erigido com palha? Ora, até
os “deuses são de palha” – prova de que sabemos entrançar o nosso próprio cosmo, o que para outras
culturas teriam que ser de pedras! O que seria de nós sem esta habilidade?
Pois bem, como todo bom nordestino sabe, “quem não
pode com a rudia, não deve nem tentar erguer o pote”. Isso é compreender entre outras coisas que, a despeito da nossa sede
que já nos mata, devemos ter o cuidado para não nos afogarmos numa poça d’água!
O nordestino é
por natureza, o “Garrincha” em
suas pernas tortas, driblando a própria
sorte em campos quase sempre alheios. Erguemos São Paulo e Brasília. Fomos o
“soldado da borracha” em tempo de guerra imperialista. Povoamos às margens da Transamazônica.
Enfim, o nordestino é herói de si mesmo!
Um pena que os nossos atletas, ás vésperas de mais um jogo, não
se inspirem na bravura dos nossos vaqueiros – aqueles que mesmo quando
estrepados – não desistem da “boiada ”!
Viva o Nordeste brasileiro!
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