E se a mordida de Suárez fosse em Freud: quem tinha a razão?



Por Gilvaldo Quinzeiro

 

 

Em Copa do Mundo já se viu de tudo. Da cabeçada de Zidane  em Materazzi na Copa do Mundo 2006( quem não se lembra?); ao soco de Alex Song  nas costas de Mandzukic na Copa do Mundo atual. Mas por que a mordida de Suárez em Chiellini  mereceu tanta repercussão por parte da imprensa, e por último,  a severa punição por parte do Comitê Disciplina da FIFA?

 

Pois bem, esta mordida que alimentou muitas imagens e discussões no mundo futebolístico, por um lado, afastou um dos principais jogadores desta Copa do Mundo, e por outro, colocou em campo (por mim agora!)  um velho personagem que muita gente faz questão de esquecer – Sigmund Freud – sem ele a mordida de Suárez  não passaria de um mero lance para cartão vermelho!  Mas com Freud, como sabemos,  toda a realidade começa mesmo é pela boca,  inclusive aquela que vomitamos!  Portanto, sem dúvida nenhuma, esta mordida foi mais um gol de placa do Pai da Psicanalise – doa em quem doer!

 

Todavia, sem querer entrar no mérito da questão,  e muito menos, levantar uma discussão teórica, o que seria na altura do campeonato, um chute no saco dos adversários, eu prefiro então em relação a mordida de Suárez  apontar o seguinte:

Primeiro, a mordida de Suárez foi um lance infantil, certamente, logo, todos nós nos vimos nele. Portanto, entre morder e ser mordido é apenas uma questão de ponto de vista.

Segundo, a não punição do lance, por parte do Comitê Disciplinar da FIFA, seria  escancarar o erro à repetição.

Terceiro, nos remeter a infância, não é só nos ver abocanhando a própria  merda, mas também à sensação de termos perdido o controle sobre esfíncteres.

Quarto, portanto, e por fim que  Suárez  seja exemplarmente punido em nosso lugar!

Crianças, desculpe-me por esta  cuspida!

 

 

 

 





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