De repente, no meio dos protestos um Pai: os outros que me perdoem!
Por Gilvaldo Quinzeiro
A falta de investimento na educação e na saúde,
motivo dos protestos contra os gastos da Copa – tem sim, uma mãe – a corrupção! Isso, todos nós sabemos. Aliás, eu tenho dito
aqui que vivemos sobre a égide do “matriarcado”, e o que falta mesmo é o pai –
aquele que educa e que disciplina!
Pois bem, não foi a goleada histórica da Holanda sobre a Espanha por 5 X 1 que me chamou
atenção. Claro que ninguém esperava que fosse tanto assim, pois, se trata das
duas últimas campeãs do mundo, a vice e a campeã respectivamente. A cena
emblemática veio mesmo do lado de fora dos estádios, e das manifestações de
rua. Estou me referindo a cena de um Pai, o funcionário público, Osvaldo
Ruz Baldi que foi até ao meio de uma manifestação de rua, em São Paulo, dos
Black Bloc, onde se encontrava seu filho
(um adolescente ) para retirá-lo de lá
dizendo: “ você vai ter o seu direito
quando você trabalhar e ganhar seu dinheiro"!
Esta discussão entre pai e filho tem sido alvo de
muitas reflexões. Não vou aqui entrar no
mérito da questão, pois, se trata de um assunto muito complexo, e exige um
olhar multidisciplinar. Entretanto, o
que me veio a cabeça foi o seguinte: “enfim, quando tudo parecia ir por água
abaixo, eis que nos surge, um pai”! Pensei até que nem pai mais existisse!
A figura do Pai, Freud sabia bem disso, está para a
civilização, assim como a violência está para a barbárie. É claro que não há
leis civilizatórias que não estejam
sujeitas as mudanças, gestadas pelas demandas e anseios das novas gerações! Por
isso, toda mudança é sim conflituosa!
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