O drible da vaca da nossa política
Por Gilvaldo Quinzeiro
O “drible da vaca” , hoje, raro no futebol, mas abundante
da nossa política. Aliás, enquanto o Brasil se dividiu entre os que receberam a
Copa do Mundo de braços abertos e aqueles que usaram os braços para barrá-la,
no campo político são discutidas e adotadas
estratégias para se ganhar as eleições. Se alguém tinha dúvida da
realização da Copa do Mundo no Brasil, e agora já passando para a sua segunda fase, “ as
oitavas de final”, a pergunta seguinte é: os protestos contra a Copa do Mundo e
contra a corrupção vão ter alguma influências
nos resultados das próximas eleições? Se sim, podemos enfim, comemorar a maior de todas as vitórias dos
últimos tempos, até mais do que o hexa campeonato, caso o consigamos. Mas se não, então a “vaca foi pro brejo” – o drible foi por
entre as pernas!
Por falar em estratégias eleitorais, em Caxias, uma
das que estão em curso assume uma atmosfera mística. Eu diria até messiânica –
que é a estratégia governista. Primeiro, no sentido de fazer com que a imagem
do atual prefeito ressurja dos “seus buracos” – uma tarefa apropriada para
guindaste – mas ainda assim lhe faltaria Arquimedes! Segundo, como parte da
mesma estratégia de reerguer o chefe do executivo municipal, está a de
apresentar e associar a imagem do seu
tio e “pai político”, Humberto Coutinho – com a de Lázaro – aquele que foi ressuscitado.
Ou seja, vamos tocar a procissão com o
santo pra frente, ainda que de barro!
Por outro lado, seguindo a mesma áurea mística que foi
aludida, o grupo que faz oposição ao governo municipal, liderado por Paulo
Marinho, adota a estratégia da “pós crucificação” , a saber, “eles estão
mortos e enterrados”!
Em outras palavras, enquanto a bola rola solta nos gramados da Copa do Mundo, sob a luz dos holofotes do mundo todo, no campo político, todo continua como antes: tudo muito escuro e sujo!
Mas o escroto mesmo é saber que a rigor nada vai
mudar! Tudo permanecerá como antes do “terceiro dia” – cova fértil para o surgimento de tantos e tantos “messias”!
Haja coração!
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