O Maranhão, e o"ão" da sua política



Por Gilvaldo Quinzeiro

 


Vou começar sem rima esta toada. Ah!  Catirina! Estamos todos grávidos por um Maranhão realmente para todos! O Maranhão sem o risco de  se desejar comer a língua do boi alheio!

Se este “boi morrer” – ai sim, “o que será de mim”?  O Piauí,  não estará por nós nem a aí!

 Governar o Maranhão é  enfrentar de ferros todos os velhos e novos desafios, como aqueles  que estão  deixando  em  “carne viva” os de  dentro ou os de  fora da Penitenciária  de Pedrinhas. Ou ainda como  aqueles que fazem os maranhenses encharcar todos os dias o chão  dos hospitais de Teresina, em romaria dos desassistidos (que humilhação!).  De ferro se fazem  também os desafios para se ensinar os filhos dos Maranhenses  a lição – seja esta,  política, seja esta,  no sentido de decifrar as simples escritas como as que rimam as toadas do bumba-meu-boi. Ou seja, educar sem se enburrecer  e nem se fazer de mudo ou surdo às questões que já estamos cegos de ver: somos o mais atrasado entre os atrasados na pressa por melhores índices na educação – este é o “ão” que nos faz vergonha até sentar em cima!

De ferro serão os desafios para não fazer sangrar as sementes de esperanças  lançadas nas urnas eleitorais! De ferro serão os desafios para cortar as mãos  dos que já se consideram donos , dos “donos” do Maranhão de agora! De ferro serão todos os dias no desafio para se  evitar que este Maranhão que começa agora, não termine com “muito chocalhos e pouco pescoço”!

Portanto, digo,  com a mesma cara que o boi não lambe, o “ão” do Maranhão é mais embaixo. O Maranhão que também se entende  como “emaranhado” de imbiras: gente timbira! Tudo aqui é tão tardio. Mata fechada. Cangalhas em lombos feridos. Chocalhos em bois, cabras e cabritos.  Terra de poucos donos, e muitos dons para se reprimir quem a terra reivindica! Vitorinismo, sarneysismo e os novos “ismos” – que diferença faz?

Se for votar pense n o  dia a dia de uma aldeia indígena. Se for votar pense  nos por quês de uma quebradeira de coco sentada o dia todo com a bunda no chão!  Se for votar pense  na  mão arranhada  de um caçador de caranguejo por estes manguezais!


Portanto, vencer a oligarquia Sarney até parece fácil - só falta tirar mais um pau da porteira.   O difícil, no entanto, é  selar o cavalo de lombos feridos. Feridas todas as bundas escanchadas  em éguas às léguas por este Maranhão pelado!

Boa votação!

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