125 anos da Proclamação da República
Por Gilvaldo Quinzeiro
A República nossa e a dos outros. Há 125 anos, o Brasil
amanhecia republicano. Na noite anterior, todos foram dormir monarquistas. O Brasil é
assim, quando se pensa que dorme, está despertando. Ditadores e democratas
costumam dormir na mesma cama. O diferente é o povo – este parece pertencer a
uma outra República!
Estados Unidos do Brasil. Este foi o nome de batismo do Brasil dado pelos parteiros da República. No atual contexto poderá vir a ser chamado:
Estados Divididos do Brasil?
A República fez bem aos paulistas e aos mineiros. No
Nordeste, Antônio Conselheiro, por exemplo, fez mais sozinho por sua região do
que todos os primeiros 30 anos de República. Mas os donos da República – os coronéis
– se anteciparam as profecias de Conselheiro, dando a ele a morte como prêmio!
Calava-se assim, um outro Brasil: o nascido de rústico útero, o da fé e do
cacete.
Foi-se o tempo da “Velha República”. A República de
agora, poderia até ser batizada por um
outro nome, o da “Santa Mãe Corrupção”! O problema é que este nome poderá dar
vida aos “cavaleiros fantasmas da República”, mas este é um parto que todos
devemos abortar. Isso não significa dizer, entretanto, que devemos ser tolerante com a corrupção. Não, de jeito algum! O que não podemos fazer é
matar a parturiente – a democracia – por ter dado à luz um filho aleijado!
O que nos envergonha são os mesmos que foram eleitos.
Alguns até por nos fazer perder a vergonha de rir. Outros porque nem sequer
tivemos a coragem de olhar na sua cara.
Veja que contradição! Esta é a República Brasileira junto com seu povo.
Viva quem?
Viva, Antônio
Conselheiro!
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