Deus está morto?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Deus está morto? Não. Mas a intolerância que nos domina dar
vida aos nossos demônios adormecidos! O perigo, portanto, não está nas cercanias, e
sim, dentro da gente! Somos aquilo no qual podemos nos transformar, ainda que momentaneamente.
E se repararmos bem, nunca o nosso estado de espírito foi tão volátil como nos
dias hoje.
Há muitas portas dentro de nós. Algumas fechadas o tempo
todo. Outras que estão sempre escancaradas. Quem afinal entra e sai por elas?
Não há demônio mais poderoso e tentador do que aquele que
nasce dentro de nós, quando já não suportamos conviver com a fé do outro. Ou seja,
quando a intolerância se aproveita de “nosso
céu já alcançado”!
Neste momento, há uma luta renhida sendo travada não
entre Deus e o Diabo, é bom que se diga, e sim, entre as igrejas e as religiões.
Em disputa: o plano terreno. O mesmo onde se compete quem erguerá um templo maior do que o outro.
Desse modo, Deus está tão vivo, tanto quanto os nossos reais interesses de lutar por aquilo que nos
aviltamos!
Portanto, podemos até nos colocar no lugar dos nossos “deuses
feridos”, mas as nossas dores por eles, em nada mudam os seus status. A religião pode até nos encurtar os
caminhos, entretanto, “segurar na mão de
Deus” ainda está longe demais(?).
Por fim, eu aproveito o ensejo para repetir uma frase de Ricardo Lewandowski, Presidente do STF (Supremo Tribunal
Federal): “nenhum magistrado é Deus”!
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