Uma leitura pelo cabresto, o da realidade
Por Gilvaldo Quinzeiro
Para realidade não há pele que não esteja em carne viva.
Eis o trajeto da nossa cavalgadura: toda marcha lenta é sinal de que já nos acostumamos com suas esporoas!
O que somos? Nada,
além de lerdos cavalos!
As ilusões da vida só nos fornecem as trempes. Quanto ao
fogo é descoberta tardia. Primeiro, tudo é muito focinho para pouco sopro. Segundo,
tudo é mão sapecada para tão tênue controle.
Aprendemos, pois, lentamente, e em circunstâncias em que
se perdem os dedos.
Antes da palavra, todo choro é necessária eloquência, e
toda atenção que lhe responde – é mãe!
A paixão é escrava de trincados espelhos!
Comentários
Postar um comentário