Cartas aos jovens sobre o amor
Por Gilvaldo Quinzeiro
Meus caros, o amor
nunca chega “enlatado”, embora alguns o
esperam como um produto vindo pelos correios com fitas e laços. Aliás, o amor
nunca chega por inteiro. Às vezes só nos chega aos pedaços. È aqui onde precisamos completá-lo sempre.
Ah! E não adianta abrir as portas convencionais. O amor não
entra por estas portas, e nem sobe as escadarias até aos pedestais.
Ah! O amor não busca os interessantes, mas os
interessados!
Amar com dúvida, nem a Deus. Podemos até duvidar de tudo,
mas jamais amar em dúvida!
O amor nos pega sempre com olhos fechados. È Por isso ( talvez) que muita gente no terceiro
beijo, não consegue fechar os seus, pois, anseia em saber se o amor enfim
enviou algum sinal.
Que engenho complexo é o amor!
Outra coisa meus filhos! Não há experiência mais vívida do que a
paixão! È neste estágio que dispensamos
os olhos – andamos léguas e léguas, completamente cegos!
Contudo, deveríamos por recomendação médica nos apaixonar
ao menos uma vez na vida! Não há, pois, dieta
mais eficaz do que a paixão!
Por fim, meus caros, somente o “amor por nós mesmos” nos
salvará da perda do amor do outro!
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