Viver, a despeito do nosso desperdício!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Espere um pouco
amigo. Viver não é tudo. Há infinitas janelas se abrindo no universo. Disso, eu não tenho dúvida nenhuma. A questão
nossa é mais estreita. Às vezes, na
primeira janela aberta, nos lançamos juntamente com uma única palavra dita. Isso é
a prova de que, com toda eloquência nossa, ainda
assim, não fomos capazes de substituir o
soco!
A propósito, a palavra é arma que mata. Usá-la contra o outro
antes que este possa usá-la contra nós, tem sido o nosso viver. Isso é tudo para se
viver?
Não há universidade que nos ensine a mensurar o nosso desperdício.
E olhe, eu não estou falando da falta d’água. Eu estou falando da “seca” de
sentidos que se possa dar a nossa vida.
A questão da falta d’água é mais simples, porém, de efeito
devastador. E só se resolve da seguinte maneira: “matando o nojo de
compartilharmos com os outros “a boca”
da mesma cabaça”! Ou teremos também que fazer da nossa boca um material
descartável?
Viver não é tudo, amigo. Há por este universo, muitas outras existências que não são feitas
do mesmo material do qual o pote é feito, como nós somos. A água, por exemplo,
mesmo morando no fundo de um pote, é uma existência outra.
Portanto, aprenderíamos mais se tivéssemos de cócoras. Aliás,
eu temo muito pelo que possa vir acontecer ás
pessoas, nesta época de ostentação à qualquer custo, quando, finalmente
chegarmos a conclusão verdadeira que não passamos de sapos.
Espere amigo, pular pra onde se os brejos já secaram?
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