A caixa de fósforo do meu mundo: eu senhor palito!
Por Gilvaldo Quinzeiro
O mundo, como diriam as profecias caboclas, se transformou
numa ‘caixa de fósforo’. O problema é saber quem somos e o que fazemos dentro.
Há muitos palitos sem saberem da sua funcionalidade; há muitas cabeças quentes
por nada.
De repente, se olharmos bem, estamos cercados de tantos
especialistas e especialidades, mas na hora de ‘desatar o nó da rede’, ninguém
sabe!
O nó é sempre mais embaixo!
“Ler mais, e fazer menos, incluindo aquilo que muito se sabe,
do que adianta seu doutor”?
Esta frase, em forma de queixa, dita ontem por um lavrador, de 85 anos, em
resposta a um dos meus questionamentos enquanto conversamos sobre a vida,
despertou-me um interesse geral sobre as coisas. Ele usou como exemplo, um caso
em que o mesmo fora mal atendido por um médico.
Para este lavrador, hoje se aprende de tudo nos livros,
porém, na prática, somos analfabetos em atitude, em especial, no que se refere ao
“bom tratamento aos outros”. Como negar
tal afirmação?
Um “bom dia”, por exemplo, é coisa rara – só se tiver na pauta
ou no currículo das graduações!
Tecnicamente, todos nós somos sofisticados, assim como os
palitos dentro de uma caixa de fósforo, mas, versar sobre ‘incêndios ou apagões’,
isso é ser generalista – deixa pra lá!
Vivemos, pois, como pica-pau batendo com a cara apenas com
a realidade que nos interessa!
O que mesmo nos interessa?
E assim, o mundo se fecha. A vida se torna uma trincheira.
Todos em seus afazeres que do todo não contem nada. O ‘nada’ aqui pode ser
exatamente, o cliente, tal como no caso desse lavrador ou o aluno, no meu caso!
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