Meus amores eis o “X” da questão: hoje estou sem celular!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Tesão! Quem diabo sabe o que é? O amor de hoje é o mesmo que inspirava os
poetas? Quem ainda escreve cartas de amor?
Que a vida a dois é difícil, isso todos nós sabemos.
Aprendemos em família com a convivência dos nossos pais. Mas cada é época com
suas dificuldades especificas. A distância; a não aceitação dos pais; as
guerras; a carreira profissional, etc. etc.
E hoje qual o problema? Neste texto vamos suscitar uma reflexão acerca
dos relacionamentos X uso de aparelhos de celulares e similares.
E para começo de conversa vamos dizer o seguinte: uma
geração ‘cega, muda e surda’, é como podemos caracterizar a dependência dos jovens,
em relação ao uso do celular. Dependência
esta, diga-se de passagem, que é tão nefasta, quanto a dependência pelo uso das
drogas!
O problema é de tal ordem que no futuro seja possível,
se nada for feito, que muitos jovens mesmo ‘namorando’, não saibam o que venha
significar um beijo na boca – da mesma boca que, quando ‘namorando’ – não sai
sequer uma palavra!
Veja a gravidade destas afirmações!
Se repararmos bem, nas mesas onde se encontram casais,
constataremos que ninguém mais conversa boca a boca ou olho no olho, mas tão
somente fazendo uso de aparelho de celular!
O “eu te amo” é dito apenas em tons garrafais para a pessoa
‘amada’, ao mesmo tempo em que se compartilha a foto com quem está desfrutando realmente
da sua atenção lá do outro lado do mundo!
Poderemos resumir esta forma de amor na seguinte equação: “Eu
Amo, Sim. Não a Você Realmente. E sim, a você que Eu Imagino”!
O paradoxo é o seguinte: como explicar que neste tipo de
relacionamento tem aumentado os crimes passionais onde um, não aceita a perda
do outro? Não seria este o caso em que ninguém deveria morrer por amor de
ninguém?
Na verdade, meus amores, ninguém é realmente ninguém. Tudo
é fruto do imagético. O meu tesão não é por você, ainda que nua, mas tão
somente pela sua foto pelada não mãos de milhares que, assim como eu, estão
loucos por ti!
Veja, um ponto interessante! Tudo é o exterior. O gozo não
está no meu ato intrínseco de gozar, e sim, em ser visto pelos outros ‘gozando’.
O cara sai para o motel com a namorada,
não para desfrutar de um momento de intimidade com ela, mas para compartilhar este momento com ou sem a
autorização, com o mundo todo!
E aí meus amores o que afinal é picante?
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