O papel (higiênico) da civilização e o tempo futuro!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Pelo “andar da carruagem”, a civilização precisará cada vez
mais de papel higiênico, mas não é por nada não, é simplesmente porque
quaisquer que sejam as soluções adotadas para evitar a barbárie, implicarão em
mexer em muita merda!
Aliás, para começo de conversa, isso exigirá uma
ressignificação da infância, pois é aqui, onde o uso do papel higiênico é
recebido como a maior das asperezas pelo infanto.
Agora imagine se viver nas épocas anteriores a descoberta
do ‘papel higiênico’!
Dos tempos da infância, pode ser que ninguém se lembre, mas
certamente, quem ainda tiver bunda, sabe do que eu estou falando!
Por falar em bunda e em aspereza, o sábio sertanejo quando
quer falar destas coisas com o filho, é lacônico: “meu filho, quem tem medo de
cagar, não come”! De fato, a educação cabocla não precisa de arrodeio: tudo é
ali com poucas palavras - “matando a
cobra e mostrando o pau”!
Aqui, cobra e pau, não têm só um significado fálico, como
também é a fatídica diferença entre a vida e a morte!
Está aí uma Escola que teria sido muito útil na formação de
Sigmund Freud – a sertaneja. O caboclo não fica de cócoras se a dor de barriga
não anunciar o chegar da hora, e nem fugirá daquilo que facilmente pode ser
amassado com as mãos!
Pois bem, não é mera coincidência que uma das consequências
da civilização atual, seja o anuncio do ‘fim da infância’ ou para usar o
eufemismo, nas suas drásticas alterações.
A infância se encolheu como a cobra que se arma para dar o
bote – mas o efeito do seu veneno não será suficiente para afugentar as
‘assombrações’ persecutórias vindas de dentro do penico – a ‘cobra’ aqui desce
rasgando de dentro do infanto!
Ora, se estamos a falar do ‘fim da infância’, isso nos
obrigaria a aludir ao ‘fim do instinto materno’, e consequentemente da sua
provável relação com uso das fraldas descartáveis?
Quem deveria dar
Graças às fraldas descartáveis, o bebê ou as mães? Qual o papel da ‘merda’ ou no trato desta
para o processo civilizatório? No futuro, os alimentos já nos virão
‘digeridos’, pois isso nos pouparia do tempo e do medo gasto no banheiro?
Teremos, enfim no futuro, inventado a ‘pílula’ contra a
famosa síndrome do pânico?
O certo é que esta
questão aqui levantada, exigirá tempo, paciência e muita merda a ser passada a
limpo!
No caso do Brasil, por exemplo, que merda está nos fazendo
este mosquito! Os anos se passaram, e, nada! -
continuamos do mesmo jeito – mijando fora do caco!
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