Por falar em utopia, qual a distância do homem para o sapo?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Há muito tempo perdemos o tino e a inspiração das coisas.
Coisas há que já não nos damos conta o que sejam. Relemos as mesmas notícias ‘batidas’
nos sites repletos de novidades. De tão óbvio, as novidades não mudam em nada a
nossa rotina – tudo é o ontem ansiosamente aguardado – que o amanhã seja
diferente!
Em outras palavras,
em que pese as misturas, o café, só presta preto e quente – só as bocas ficaram
frescas demais!
Enfim, estamos vivendo
da ‘charge’ do outro como se nossa fosse! – Reflexo do fim das utopias?
Ora, como podemos falar do fim de algo que a rigor nunca
existiu no campo da concretude! Se estamos hoje a nos queixar do fim das
utopias, então, estamos diante realmente do perigo!
E agora? Seguir com “o andor, pois, o santo é de barro” ou
esperar as enxurradas passarem?
Meninos, nada mais chocante do que ver seus ídolos
envelhecerem como qualquer um! Nada mais
desconcertante do que não se poder cantarolar com os demais os hits, que já não
embalam os velhos sonhos!
Então, qual o próximo passo? Chorar imaginando-se solitário em seu próprio velório
ou maquiar a face enrugada com as novidades anunciadas como fazedoras de ‘milagres’?
Por fim, meninos, isso não é nenhuma ficção: os homens e os sapos sempre foram muito
próximos tanto em utopia, quanto na labuta da vida real! A distância entre um e
o outro é a da bunda para a lama. Porém, não se orgulhe disso, pois, no final a
lama é a mesma!
Ufa!
Comentários
Postar um comentário