As porteiras da minha cidade, e as eleições que se avizinham
Por Gilvaldo Quinzeiro
Na minha cidade as vacas pastam no centro, em qualquer
lugar. Enquanto a sua elite, diga-se de passagem, brega, desfila em seus carros
com o som agigantado nos dando a impressão que suas portas estão sempre
abertas. Ficamos surdos? Quisera não termos ficados também cegos!
A farra aqui não é a do boi, mas certamente a dos seus
donos. Os mesmos que cercam toda a cidade. E a cidade – seu grande curral!
Enquanto isso, “Gonçalves Dias”, os de hoje estão todos
enforcados pela mesma corda que, para outros é a sua “liberdade”! Aqui as leis
de Newton não funcionam, só as das “terras arrasadas”.
A cultura, o que é isso, senão as das falsas licitações e
a dos alugueis cujo lucro faz ruir outras estruturas, como a do antigo Centro
Administrativo “Alexandre Costa”! Tudo feito para assegurar a vitória nas
próximas eleições! Aliás, estas para cidade são como as de Pirro: nada de pé!
Ora, os arautos de um e do outro grupo já vestem as suas
casacas, e como nos velhos tempos, nos de hoje, afinam suas canetas; suas vozes
e maquiagem.
No final as vacas, desta feita, multiplicadas cagarão as
mesmas ruas, e as justificativas para se contratar novas frotas para limpá-las
– surgirão como luvas para “raspar”! ...
E então, até as próximas eleições, e pé na bunda!
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