Em tempo de varas curtas, todas as cutucadas são venenosas. Uma leitura de dentro do serpentário.


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

Diferente do peixe que morre pela boca, a cobra vive. E, mais, do veneno que em sua boca habita. A realidade, pois, é toda ela peçonhenta, quando, já sem varas, a mão é também a nossa boca a procura de “comida”.

O dito acima é apenas para chamar atenção para a complexidade do nosso tempo que, enganosamente nos parece um “urso de pelúcia”. E mesmo se fosse, ainda assim, teríamos que ter cuidado com o que “plantaríamos” sobre ele.

Estamos, pois, “maravilhados” com as novas ferramentas. As mesmas que nos decepam as cabeças, quando “pensar” nos parece demais trabalhoso. E por consequência, diferenciar o que já não são as nossas bocas – é expor demais o calcanhar de Aquiles!

Pensando bem, o que de nós já não são todas “as vísceras expostas”? Eis a grande questão!

Para assombro de muitos, as revoluções que nos vêm agora de outro mundo – o virtual – nos chegam também de “máscaras”, pois, as nossas faces, quando a verdadeira é o que nos tira o sono?

Ora, uma coisa não nos resta tantas dúvidas: sobreviver neste cenário de varas curtas, ou é sinal de que as cobras abundam, enquanto os “ratos” hibernam ou se passar por ela, significa ao menos em tese, se alimentar do próprio veneno que aos olhos do homem tudo em sua volta é da ordem do “chocalhar”. E em assim sendo, andar como se “pisa em ovos”, se já não é o contexto em que às claras tudo já se derrama, então, por quem tu te envenenas?

 

 

 

 

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