O homem no homem: a abrupta coisa? Uma reflexão sobre o inferno de agora
Por Gilvaldo Quinzeiro
O homem é o lugar de travessias. A do inferno então, às
vezes não tem ponte alguma – só atoleiro.
É a abrupta coisa? Ou apenas o homem naquilo que em si se oculta?
Dante Alighieri fez por nós esta travessia. Nunca havíamos
ousado tanto – só invejado os deuses! Mas é claro que tudo isso tem um preço:
aquele em que o homem se esfola para dá sopro aos outros. Isso quando não fica
por lá estrepado – Dante ainda não voltou?
Pois bem, o homem no homem naquilo em que os apressados tempos de agora nos faz também “mulher” – é o paraíso personificado no
universo dionisíaco? Está é a travessia de hoje. E pode ser entretanto, que
ninguém volte para nos contar!...
Salvador Dali entre outros artistas também arriscou esta
travessia. Uma pintura! Mas a de hoje como e por quem será feita: em carne
viva? Uma coisa precisa ser lembrada, entretanto, por um lado, estamos esquecendo de usar a
cabeça; por outro, estamos só atiçando o universo com a nossa “bunda” – é
disso que o diabo gosta?
A abrupta coisa. É aquela na qual ainda nem “mãos”
adquirimos para poder ilusoriamente ocultá-la. Então, mano esta coisa
caraquenta é a sua ou daquele “olhudo” que
lhe tomou emprestado?
O inferno é, pois,
a dimensão humana na qual não ousamos
ser. E somos – aquilo pelo qual o nosso
sonho não nos permite nunca acordar !
Avante?
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