É fogo: o que o Brasil aprenderá com as manifestações que incendeiam o lixo histórico acumulado?




Por Gilvaldo Quinzeiro


1 - Fogo de monturo. De repente, nos acostumamos com aquele fogo baixo e lento com o qual o povo das periferias, “limpa” a sujeira acumulada em seus quintais. Entretanto, o fogo, mesmo brando, não deixou de ser fogo. E a qualquer descuido, ela sapeca a casa inteira!

2 - O Brasil que se soterra. Uma coisa podemos afirmar sem medo de errar: as autoridades brasileiras ao longo do tempo não só “maquiaram a realidade”, como jogaram para debaixo do tapete os problemas para os quais sempre fizeram vista grossa. E agora, é deste terreno abandonado que proliferam “os mosquitos e as baratas” que ameaçam o sono confortável da nossa elite política?

3 - O trançar do cofo. Estamos diante de uma “balaiadalização” dos movimentos sociais, enquanto as autoridades permanecem acuadas diante de novos e velhos problemas sociais?

4 -  A violência. Não há novidade alguma, pois, a sociedade brasileira vem convivendo com ela a longas datas. A questão, porém, é em que tipo de combustível esta (a violência) poderá se transformar?

5 – A face. Conquanto de “máscara”, as manifestações de rua, possuem sim, sua cara – aquela que foi erigida pelo cotidiano da nossa prática política – aquela do descaramento!

6 – O sinal. O fogo sempre foi, entre outras coisa, um sinal – o novo se desvencilhando do velho. Portanto, uma prática tribal na qual o sapecado era ao mesmo tempo, o devorado!

7 – O devorar cedo, antes de ser servido como jantar. Quem aceita ser o primeiro da fila?




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