Quando nos lembrarmos dos nossos ossos, fortaleça ao menos o sorriso!


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

No começo tudo é a boca. A que sobe e a que desce. Em alguma delas, podemos ainda estar entalado. Depois, entretanto, tudo é carne. E começa a dúvida: qual a melhor? A mole ou a dura? Nesta fase o açougue é o espelho – é nele que a carne dura se enfia!

 Aos 50 anos, entretanto, nos vem aquela pressão como na propaganda: “como, enfim, ter osso forte”?

Em outras palavras, somos também de osso! O mesmo que ao longo da vida, nunca nos damos conta da sua existência, exceto, quando a carne desaparece, e a nossa face já parecida com aquelas de quem sempre tememos, se escancara bem na nossa cara!

 Viu, como a beleza é a que enfiamos ao espelho com as palavras? Lindo, não?

Ser de osso apenas, quando em nossa volta, as flores que nascem são enviadas para aqueles que ainda “têm tudo em cima” – é um sinal tardio para a reza que os nossos ossos durem, antes que estas mesmas flores sobre nós murchem!

Cedo? A vida que passa é tarde para quem nunca acorda. Daí para a corda, a distância é curta demais!

O viver bem o tempo todo é um segredo. E quem o descobrir saberá certamente que no final, o sorriso pode ser a única coisa verdadeiramente forte, quando todos os ossos já não puderem mais nos sustentar de jeito algum! ...

E ai espelho, não se assombre. Estou sorrindo!

 

 

 

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla