E ai mano, quão humana é a miséria em todos os tempos: a de hoje nos parece rica?


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

Os miseráveis. O ambiente virtual está aviltando a condição humana? Estudo de instituições ligadas à área da saúde, diz que sim. No Brasil 10 % da população está sendo considerada como sendo “viciada em tecnologia”. Nos Estados Unidos o caso já vem merecendo uma preocupação maior. Já há  tratamento especifico para o caso, o mesmo que  é adotado em viciado em drogas – o valor, porém, está em torno de 14 mil dólares. Caro, não? Outra preocupação, dos especialistas no assunto é o caso de crianças que são expostas precocemente a este mundo.

Uma questão: os viciados do que trata aqui o assunto pode ser eu, você; seu pai; seu filho, enfim, todos nós? Pense, e responda por si mesmo! Outra questão: somos “os miseráveis” desta pós-modernidade?

O assunto é complexo. È como se de  repente descobríssemos que a água que nós bebemos é a mesma em  que nos afogamos! Afinal, não é este o caso?

Fazer uso da internet, por exemplo, para  nos “desafogar” de um momento de raiva; de tristeza e outros que tais, - é para o cérebro o mesmo caminho percorrido quando pelos mesmos  motivos procuramos alívios na bebida; no cigarro; no crack etc. – ou seja, aumenta a produção endorfina. E com isso, inicia-se  um ciclo vicioso.

Há registro de dezenas de caso em que o usuário de internet, do game principalmente, tenha morrido em frente à tela do seu aparelho, simplesmente por desidratação, fome entre outros, dado o longo tempo em que o sujeito passa jogando.

Falar sobre este assunto no momento da “sua febre”, pode soar  como  gelo tal como as vozes dos iluministas, quando da  sua luta contra os poderes absolutistas, seja, do rei; seja da igreja. Daí que nos vem outra questão: o que é ser racional quando a racionalidade nos parece aprisionada  demais?

Eis, portanto, um assunto pelo qual Shakespeare certamente se apaixonaria. “Ser ou não ser, eis a questão”.

 

 

 

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