As preces e a pressa pela casa-grande de hoje
Por Gilvaldo Quinzeiro No passado, não tão distante, as elites brasileiras, se orgulhavam de serem ‘devotas e senhores de escravos’. Isto é, com as mesmas mãos, que recebiam a hóstia sagrada castravam os seus escravos. Era a Casa-Grande se impondo, estendendo seus domínios tanto sobre os céus, quanto sobre o inferno. O chicote era as bordas, o limite do mundo real – nada existiria para além disso! Pensar ‘fora da caixa’, era um mal a ser combatido com o mesmo vigor que com o qual se rasgava o corpo de um escravo fugitivo. Isso era manter a fogo e a ferro a tradição, o que mais tarde, na república (dos coronéis) era traduzido para “ordem e progresso”. E hoje? Os rancorosos negacionistas, os fundamentalistas entre os quais, bolsonaristas e fascistas, que marcham com muita ‘sede ao pote’ podem ser identificados facilmente como aqueles que têm seu DNA fincado nos pilares da Casa-Grande. Em outras palavras, o Brasil pensado e desenhado por esta ge...