A ÀRVORE E O GAFANHOTO, UMA REFLEXÃO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS.

Gilvaldo Quinzeiro



1 – O amor que substancialmente é como o alimento, só nos garantirá o sustendo, na medida em que suas sementes brotarem em nós as raízes do amor próprio, condição esta que nos faz forte o suficiente para sobreviver às perdas do amor dos outros por nós

2 - Este amor que nos faz “árvore” de nós mesmos, é o amor paternal que, se não dado o suficiente pode nos elevar a condição de “gafanhotos’ de si mesmos. Em outras palavras, o amor quando não dado na qualidade e quantidade certa, pode ser tão devastador quanto o ódio. Do mesmo jeito que as chuvas quando em excesso provoca tragédia nas inundações. Isto significa dizer que”:

a) – Aos pais, melhor seria amar os filhos na perspectiva de que estes aprendessem a ter amor próprio, a sufocá-los por toda uma vida, na dúvida de que não são amados por estes;

b) – O amor que nos faz “árvore” de nós mesmos é aquele que me faz ter amor por mim, ainda que os outros não me soubessem amar.
3 – Os “gafanhotos” de si mesmos, de tão famintos comerão as poucas sementes plantadas dentro si, de modo que, quando amando os outros, o fazem com a volúpia de quem devasta uma floresta

4 – Os pais, no entanto, tais como os filhos, não se tornarão “árvores” de si mesmo, se o amor com o qual estes amam os filhos, não se originar antes de tudo do amor próprio.

5- Florestas devastadas serão os pais sem amor próprio, um ambiente tão estéril e impactado quanto os das roças que estão por serem queimadas pelos lavradores da nossa região.

6– Devastada a floresta, infestação de outras e mais terríveis pragas: a da “geração mala”!

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