A PROPÓSITO DA CONFERENCIA DE COPENHAGUE
Gilvaldo Quinzeiro
A “civilização” foi edificada num processo de negação e destruição da natureza, assim como a “ascensão ao espírito” se deu num duelo de esfaqueamento ao corpo. Hoje, paradoxalmente, a natureza reage a sua condição de prevalente, ao passo que o corpo esfaqueado e censurado se desperta ante o apelo maciço da mídia “desespiritualizada”, e o animal que se humaniza em cada um de nós ameaça “pular a porteira” e se lançar ao mundo afora. Em outras palavras, a civilização não só vive um “mal-estar” conforme tese defendida por Sigmund Freud, bem como todos os seus pilares que lhes dão sustentação começam aceleradamente a ruir.
A natureza que nestes milhares de anos serviu de “mãe” no que se refere a “germinação da consciência”, bem com em outros atributos “humanizantes” foi ignorada, subestimada e como cisco foi posta debaixo do tapete. Hoje, a civilização avalia o preço em valores humanos e materiais da sua arrogância.
O corpo que é em sua essência também uma natureza recorre aos mais arcaicos sistemas de defesas para se proteger das ameaças de aniquilamento. Ou seja, esfaqueado, santanizado e abandonado ao longo do processo civilizatorio, o corpo sobreviveu as “fogueiras inquisitórias” tendo que se agarrar a si mesmo.
Assim sendo, o contexto em que vivemos é paradoxalmente marcado não pela prevalência da “civilização”, mas, pela força e domínio da natureza; não são as leis civilizatorias que normalizam a vida, mas, a fúria da natureza que impõe limite ao homem. Neste ambiente apocalíptico, portanto, o corpo como resultado de um processo evolutivo da natureza também “desobedece” todas as normas impostas pela sociedade, de sorte que o “bizarro e o patológico” tomam feições cada vez mais marcantes e presentes para assombro dos desavisados.
Portanto, do exposto acima se conclui que não basta despoluir rios e mares, hastear as bandeiras contra o desmatamento ou colocar máscaras em protesto a poluição do ar, enquanto cada um de nós permanecer com a cabeça poluída! A luta pela ecologia começa, pois, no exato momento em que despoluirmos a mente!...
A “civilização” foi edificada num processo de negação e destruição da natureza, assim como a “ascensão ao espírito” se deu num duelo de esfaqueamento ao corpo. Hoje, paradoxalmente, a natureza reage a sua condição de prevalente, ao passo que o corpo esfaqueado e censurado se desperta ante o apelo maciço da mídia “desespiritualizada”, e o animal que se humaniza em cada um de nós ameaça “pular a porteira” e se lançar ao mundo afora. Em outras palavras, a civilização não só vive um “mal-estar” conforme tese defendida por Sigmund Freud, bem como todos os seus pilares que lhes dão sustentação começam aceleradamente a ruir.
A natureza que nestes milhares de anos serviu de “mãe” no que se refere a “germinação da consciência”, bem com em outros atributos “humanizantes” foi ignorada, subestimada e como cisco foi posta debaixo do tapete. Hoje, a civilização avalia o preço em valores humanos e materiais da sua arrogância.
O corpo que é em sua essência também uma natureza recorre aos mais arcaicos sistemas de defesas para se proteger das ameaças de aniquilamento. Ou seja, esfaqueado, santanizado e abandonado ao longo do processo civilizatorio, o corpo sobreviveu as “fogueiras inquisitórias” tendo que se agarrar a si mesmo.
Assim sendo, o contexto em que vivemos é paradoxalmente marcado não pela prevalência da “civilização”, mas, pela força e domínio da natureza; não são as leis civilizatorias que normalizam a vida, mas, a fúria da natureza que impõe limite ao homem. Neste ambiente apocalíptico, portanto, o corpo como resultado de um processo evolutivo da natureza também “desobedece” todas as normas impostas pela sociedade, de sorte que o “bizarro e o patológico” tomam feições cada vez mais marcantes e presentes para assombro dos desavisados.
Portanto, do exposto acima se conclui que não basta despoluir rios e mares, hastear as bandeiras contra o desmatamento ou colocar máscaras em protesto a poluição do ar, enquanto cada um de nós permanecer com a cabeça poluída! A luta pela ecologia começa, pois, no exato momento em que despoluirmos a mente!...
Comentários
Postar um comentário