AS TRÊS FACES DE EVA E A MONALISA DE DA VINCI
Gilvaldo Quinzeiro
Tal como numa obra de Leonardo Da Vinci que misturou várias faces na face de Monalisa, tornando-a tão bela quanto enigmática, a mulher é por assim dizer, uma equação cuja resposta ainda está por vi.
Nem Freud, um profundo estudioso da mente humana, mas enfim, um sem-útero como eu, conseguiu dar por desvendado a natureza feminina.
Mas como compreender a mulher sem ser mulher, ou seja, de um ponto de vista puramentemente masculino?
Certamente a temática feminina é requer a união de dois gênios em área distinta, o da escuridão da mente humana, Freud e o da pintura renascentista, Da Vinci. Do primeiro, tomaríamos emprestado a sua escuta, a escuta do silencio feminino; do segundo, a visão, a visão para além das curvas que nos prende e limita atenção.
Feito esta fusão, “despintaríamos” a face de Monalisa para fazer renascer numa interpretação lacaniana as três faces nas quais estão divididas a mulher ocidental, a saber, a face de Eva, a face de Maria e a face de Madalena.
Em outras palavras, o que Da Vinci fez com Monalisa, isto é, das várias faces brotadas da sua imaginação, pintar uma única; a civilização judaico-cristã por sua vez, fez exatamente o contrário em relação a mulher, ou seja, erigiu 3 faces, e com estas, o dilema feminino: o que é ser mulher? Como ser mulher? A quais faces pertence à mulher? È possível ser mulher?
Assim sendo, a mulher é sem dúvida nenhuma o “X” da questão, um enigma do qual o maximo que podemos nos aproximar e compreender são por meio de metáforas.
A mulher é, pois, a trempe cujo fogo aquece e ilumina os deuses, e como o discurso destes é a promessa do paraíso, como justificá-lo sem a presença feminina?
Então mulheres, terminando este poema sem rima e sem jeito, eu lhes peço perdão pelo mundo cada vez mais escasso de jardins e rosas, e de tantos espinhos e facas que lhes encravam a pele!
Perdão mulheres, pelo nosso mundo agressivamente masculino!
Dito de outro modo, se pudéssimos desencravar cada espinho da tua pele; se pudéssimos arrancar cada faca do teu corpo; se pudéssimos te fizeres fugir num tapete persa das mãos ensangüentadas dos teus algozes, ainda assim, mulher, estaríamos em dividas para contigo!
Mulheres juntem os remendos e as rosas, e tudo o que sobrou, mas recomecem como bom tecelão unindo pedaços por pedaços!
Parabéns mulheres por serem mulheres!
Tal como numa obra de Leonardo Da Vinci que misturou várias faces na face de Monalisa, tornando-a tão bela quanto enigmática, a mulher é por assim dizer, uma equação cuja resposta ainda está por vi.
Nem Freud, um profundo estudioso da mente humana, mas enfim, um sem-útero como eu, conseguiu dar por desvendado a natureza feminina.
Mas como compreender a mulher sem ser mulher, ou seja, de um ponto de vista puramentemente masculino?
Certamente a temática feminina é requer a união de dois gênios em área distinta, o da escuridão da mente humana, Freud e o da pintura renascentista, Da Vinci. Do primeiro, tomaríamos emprestado a sua escuta, a escuta do silencio feminino; do segundo, a visão, a visão para além das curvas que nos prende e limita atenção.
Feito esta fusão, “despintaríamos” a face de Monalisa para fazer renascer numa interpretação lacaniana as três faces nas quais estão divididas a mulher ocidental, a saber, a face de Eva, a face de Maria e a face de Madalena.
Em outras palavras, o que Da Vinci fez com Monalisa, isto é, das várias faces brotadas da sua imaginação, pintar uma única; a civilização judaico-cristã por sua vez, fez exatamente o contrário em relação a mulher, ou seja, erigiu 3 faces, e com estas, o dilema feminino: o que é ser mulher? Como ser mulher? A quais faces pertence à mulher? È possível ser mulher?
Assim sendo, a mulher é sem dúvida nenhuma o “X” da questão, um enigma do qual o maximo que podemos nos aproximar e compreender são por meio de metáforas.
A mulher é, pois, a trempe cujo fogo aquece e ilumina os deuses, e como o discurso destes é a promessa do paraíso, como justificá-lo sem a presença feminina?
Então mulheres, terminando este poema sem rima e sem jeito, eu lhes peço perdão pelo mundo cada vez mais escasso de jardins e rosas, e de tantos espinhos e facas que lhes encravam a pele!
Perdão mulheres, pelo nosso mundo agressivamente masculino!
Dito de outro modo, se pudéssimos desencravar cada espinho da tua pele; se pudéssimos arrancar cada faca do teu corpo; se pudéssimos te fizeres fugir num tapete persa das mãos ensangüentadas dos teus algozes, ainda assim, mulher, estaríamos em dividas para contigo!
Mulheres juntem os remendos e as rosas, e tudo o que sobrou, mas recomecem como bom tecelão unindo pedaços por pedaços!
Parabéns mulheres por serem mulheres!
Comentários
Postar um comentário