O CONHECIMENTO, A ARAPUCA E A JURITI.
Gilvaldo Quinzeiro
O conhecimento quando “sobe à cabeça” se transforma numa arapuca cujo milho se torna tão atraente quanto traidor. Ou seja, está de papo cheio, não significa necessariamente ser homens livres, mas juritis!
Dois garotos, um da cidade e o outro da roça travaram o seguinte diálogo. O primeiro indaga o segundo acreditando saber mais do que o seu oponente: Tu sabes o que é um playstation? Tu sabes o que é um mp3? O segundo prontamente responde com uma outra pergunta: Ocê sabe o que é uma arapuca? Ocê sabe o que é uma juriti?
O que se seguiu a este diálogo foi à perplexidade e o silencio, isto é, ambos possuíam conhecimento, só que diferente do outro.
Com este anunciado quero iniciar uma reflexão a cerco do conhecimento, sem, contudo entrar na discussão epistemológica, posto que nos seria impossível em razão da complexidade e do espaço-tempo que o tema requer.
A propósito, no entanto, do assunto, é comum ouvirmos dos intelectuais, entre os quais alguns renomados, afirmação de que este ou aquele conhecimento; este ou aquele teórico está ultrapassado. E que, portanto, os seus discípulos não devem com estes perder tempo.
Pois bem, afirmar que o conhecimento Y está ultrapassado ou que o teórico X está fora de moda, é no mínimo simplificar o que por si só é complexo, bem como desprezar o que ao longo do processo evolutivo assegurou a sobrevivência da humanidade em diferentes épocas. Ou seja, o conhecimento enquanto ferramenta forjada na luta do a dia a dia dos diferentes povos, nunca envelhece, e tal como uma lâmina apesar do tempo, se amolada, nos será sempre útil. O mesmo se pode afirmar em relação aos teóricos, homens ou mulheres que, muitas vezes tiveram que deixar a “estrada comum” e se atirar na mata densa para, com a cara e a coragem abrir veredas que depois se transformariam em caminhos pelos quais marcham à humanidade. De modo que sem estes provavelmente ainda estaríamos perdidos.
Por outro lado, se o “novo” nasce das entranhas do “velho” conceber o primeiro sem estabelecer relação com o segundo, é sem duvida se comportar como as juritis que, atraídas apenas pelo milho ignoram a arapuca.
Portanto, ser como uma juriti que só percebe o milho, é não fazer o uso das asas para alçar vôos limitando-se a permanecer no chão, quando não, debaixo da arapuca. Dito de outra maneira, quando uma sociedade se der “o luxo” de transformar este ou aquele conhecimento em lixo, não tardará o dia no qual os urubus se transformarão em reis.
O conhecimento quando “sobe à cabeça” se transforma numa arapuca cujo milho se torna tão atraente quanto traidor. Ou seja, está de papo cheio, não significa necessariamente ser homens livres, mas juritis!
Dois garotos, um da cidade e o outro da roça travaram o seguinte diálogo. O primeiro indaga o segundo acreditando saber mais do que o seu oponente: Tu sabes o que é um playstation? Tu sabes o que é um mp3? O segundo prontamente responde com uma outra pergunta: Ocê sabe o que é uma arapuca? Ocê sabe o que é uma juriti?
O que se seguiu a este diálogo foi à perplexidade e o silencio, isto é, ambos possuíam conhecimento, só que diferente do outro.
Com este anunciado quero iniciar uma reflexão a cerco do conhecimento, sem, contudo entrar na discussão epistemológica, posto que nos seria impossível em razão da complexidade e do espaço-tempo que o tema requer.
A propósito, no entanto, do assunto, é comum ouvirmos dos intelectuais, entre os quais alguns renomados, afirmação de que este ou aquele conhecimento; este ou aquele teórico está ultrapassado. E que, portanto, os seus discípulos não devem com estes perder tempo.
Pois bem, afirmar que o conhecimento Y está ultrapassado ou que o teórico X está fora de moda, é no mínimo simplificar o que por si só é complexo, bem como desprezar o que ao longo do processo evolutivo assegurou a sobrevivência da humanidade em diferentes épocas. Ou seja, o conhecimento enquanto ferramenta forjada na luta do a dia a dia dos diferentes povos, nunca envelhece, e tal como uma lâmina apesar do tempo, se amolada, nos será sempre útil. O mesmo se pode afirmar em relação aos teóricos, homens ou mulheres que, muitas vezes tiveram que deixar a “estrada comum” e se atirar na mata densa para, com a cara e a coragem abrir veredas que depois se transformariam em caminhos pelos quais marcham à humanidade. De modo que sem estes provavelmente ainda estaríamos perdidos.
Por outro lado, se o “novo” nasce das entranhas do “velho” conceber o primeiro sem estabelecer relação com o segundo, é sem duvida se comportar como as juritis que, atraídas apenas pelo milho ignoram a arapuca.
Portanto, ser como uma juriti que só percebe o milho, é não fazer o uso das asas para alçar vôos limitando-se a permanecer no chão, quando não, debaixo da arapuca. Dito de outra maneira, quando uma sociedade se der “o luxo” de transformar este ou aquele conhecimento em lixo, não tardará o dia no qual os urubus se transformarão em reis.
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