A COISA, A MÃO E PALAVRA: A TREMPE DA CIVILIZAÇÃO
Gilvaldo Quinzeiro
1 - A coisa, a mão e a palavra constituem-se na “trempe” cujo fogo forjou o nascimento da civilização.
2 - A coisa é prevalente, representa a natureza. A mão é resposta em reação à coisa. A palavra por sua vez é substituta da mão, enfim, o triunfo sobre a coisa(?).
3 – E, assim nesta tríade, a mão sobre a coisa na intenção de ocultá-la foi mais reveladora do que a “coisa” exposta, ou seja, a coisa ainda assim escapava ao controle da mão.
4 - O “nó civilizatorio” surge enfim com a palavra! A palavra, portanto, é a mão sobre a coisa. A diferença, no entanto entre a mão e a palavra é que esta não só oculta de fato a coisa, como a assassina.
5 – Assim sendo, a palavra mesmo falada entre amigos é a arma que usamos para matar. Se não morremos antes, é porque matamos quem a empunhava contra nós.
6 - O parto que deu origem à civilização trás consigo também o enigma da morte como força criadora – o “duelo entre a coisa e palavra” numa época na qual sem duvida nenhuma há mais mãos do que coisas a esconder. Com efeito, a palavra sem ser o representante da “coisa” é a mesma coisa da “ coisa” sem o amparo da mão, e o sujeito que assim a proferir tornar-se-á um simples matador!
7 – Matar ou morrer com e pelas palavras é tão desafiador quanto engatinhar, isto é, permanecer em pé só com ajuda do outro. Mas, roubar a palavra do outro antes que este possa a usar contra nós é manter o “fogo” entre as trempes sempre aceso! O problema, no entanto é não ter com quem festejar o triunfo, e eis que surge novamente a trempe, a saber, a coisa, a mão e palavra.
1 - A coisa, a mão e a palavra constituem-se na “trempe” cujo fogo forjou o nascimento da civilização.
2 - A coisa é prevalente, representa a natureza. A mão é resposta em reação à coisa. A palavra por sua vez é substituta da mão, enfim, o triunfo sobre a coisa(?).
3 – E, assim nesta tríade, a mão sobre a coisa na intenção de ocultá-la foi mais reveladora do que a “coisa” exposta, ou seja, a coisa ainda assim escapava ao controle da mão.
4 - O “nó civilizatorio” surge enfim com a palavra! A palavra, portanto, é a mão sobre a coisa. A diferença, no entanto entre a mão e a palavra é que esta não só oculta de fato a coisa, como a assassina.
5 – Assim sendo, a palavra mesmo falada entre amigos é a arma que usamos para matar. Se não morremos antes, é porque matamos quem a empunhava contra nós.
6 - O parto que deu origem à civilização trás consigo também o enigma da morte como força criadora – o “duelo entre a coisa e palavra” numa época na qual sem duvida nenhuma há mais mãos do que coisas a esconder. Com efeito, a palavra sem ser o representante da “coisa” é a mesma coisa da “ coisa” sem o amparo da mão, e o sujeito que assim a proferir tornar-se-á um simples matador!
7 – Matar ou morrer com e pelas palavras é tão desafiador quanto engatinhar, isto é, permanecer em pé só com ajuda do outro. Mas, roubar a palavra do outro antes que este possa a usar contra nós é manter o “fogo” entre as trempes sempre aceso! O problema, no entanto é não ter com quem festejar o triunfo, e eis que surge novamente a trempe, a saber, a coisa, a mão e palavra.
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