PROSA DE DOMINGO
Gilvaldo Quinzeiro
Nesta manhã chuvosa de domingo, como nos tempos em que se ouvia uma boa música ao pé do rádio, um cheiro de café torrado na panela e socado no pilão, um prato de cuscuz esfumaçando na mesa, e, depois de bater uma pelada, tomar um banho nas águas claras dos riachos, eu quero puxar o tamborete para prosear com os meus amigos internautas, seja ele o meu compadre Antônio Luis, lá da Cohab, Carloman, do centro da cidade, outros lá pras bandas de Goiás, Kátia e Valéria; outros em Minas Gerais e por todos os cantos do Brasil
Pois, bem aqui neste lugar, já foi mata virgem, onde a onça pintada esturrava, o veado catingueiro corria, hoje tudo é sapequeiro e carestia com aumento do preço da cuia de farinha!
Mas no passado, o tamborete foi mobília de valor; homens tiravam a barba sem olhar no espelho, mulheres usavam anáguas abaixo do joelho; as crianças respeitavam os mais velhos e o jumento era quem dava a hora certa no sertão.
Ai que saudade eu sinto do tempo da minha mocidade, de ouvir uma música no rádio, com um copo de pinga do lado, do toque de Asa Branca, ai meu Deus que saudade!
Agora mesmo que eu estou escrevendo esta embaixada, uma água quente que escorre no canto como lágrima, lembrando do programa do Roque Moreira, Seu Gosto na Berlinda, dos avisos de tudo que era festa por estas redondezas!
Mas, para a conversa não se encompridar, atrapalhando meu amigo Renato Meneses que já quer digitar, as noticias que ele envia por jacá para esquentar o frio de Fábio Kerouac lá em Hamburgo na Alemanha, eu quero aqui deixar meu quente e fraterno abraço!
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